A convite do
Senador do estado do Rio de Janeiro Romário de Souza Faria (PODE), e do deputado
federal parceiro do município Luiz Nishimori (PR), o prefeito municipal de Jussara
Moacir (Tatinha) e vice Robison, estiveram participando do ato solene que
efetivou a portaria de incorporação do medicamento Nusinersena (Spinraza) na
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a portaria assinada pelo ministro da saúde, a partir de hoje, todo paciente com AME - Atrofia Muscular Espinhal que
necessita do medicamento Spinraza (o mesmo medicamento usado pelo Jussarense
Guilherme), vai ter acesso fácil e rápido ao tratamento pelo SUS. Bem diferente
da realidade em que vivenciamos nos últimos meses com o paciente da secretaria
municipal de saúde de Jussara.
Na ocasião o prefeito municipal Moacir (Tatinha) e vice Robison foram recepcionado pela primeira dama Michele Bolsonaro, Senador Romário, e deputado federal Luiz Nishimori. Nossos gestores municipais foram uns dos poucos gestores do estado do Paraná, a receberem o convite para o evento.
Veja a
abaixo a noticia da Agencia Senado na integra:
No Senado,
ministro assina portaria que libera distribuição de Spinraza pelo SUS
O ministro
da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou nesta quarta-feira (24), em reunião
da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no Plenário do Senado, a portaria de
incorporação do medicamento nusinersena (Spinraza) na Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais do Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio, que passará
a ser distribuído gratuitamente, é indicado para pacientes com amiotrofia
muscular espinhal (AME), doença rara que compromete o funcionamento de músculos
e órgãos.
Em
março, Mandetta esteve no Senado para audiência pública e ouviu depoimento de
pacientes que precisam do remédio de alto custo para sobreviver. Atualmente,
de acordo com a pasta, o tratamento por paciente custa R$ 1,3 milhão por ano.
Desde 2017,
decisões judiciais têm forçado o ministério a custear o medicamento, que chega
a custar mais de R$ 200 mil o frasco. De acordo com a pasta, 106 pacientes
foram atendidos por determinação da Justiça. Em 2018 foram gastos R$ 115,9
milhões com a compra de Spinraza.
A previsão,
de acordo com o Ministério da Saúde, é que o medicamento esteja disponível em
centros especializados da rede pública em até 180 dias.
O presidente
da CAS, senador Romário (Pode-RJ), disse que a disponibilização do medicamento
pelo SUS vai trazer qualidade de vida aos pacientes e suas famílias.
— O
medicamento Spinraza traz esperança. Infelizmente não vamos conseguir curar
definitivamente essas pessoas, mas, com essa portaria, vamos poder ajudar a
levar qualidade de vida e diminuir as dores desses pacientes — disse.
A assinatura
do documento contou com as presenças do presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente do Senado afirmou que a
incorporação do remédio é um dia histórico para as pessoas com doenças raras e agradeceu
o empenho da primeira-dama, do senador Romário e do ministro Mandetta em prol
dessas pessoas. Segundo ele, a união entre os Poderes da República e a
sociedade civil permitiu resolver um problema que afligia milhares de
brasileiros.
— Esta
reunião no Plenário do Senado é um fato histórico e inédito. É em reuniões como
esta, com todos unidos (o Poder Executivo, o Poder Legislativo e a sociedade
abraçada e irmanada), que conseguimos juntos resolver esse problema — disse.
Michelle
Bolsonaro enfatizou que o governo tem o compromisso de dar conforto e bem-estar
a todas as pessoas com doenças raras.
— Esta é uma
ocasião digna de celebração. A assinatura da portaria é mais um passo dado em
direção à melhoria da qualidade de vida dos portadores de amiotrofia muscular
espinhal. O desafio de milhões de raros e de seus familiares é um problema
social que requer o olhar atento do governo. As políticas públicas devem buscar
alternativas para trazer o mínimo de conforto e bem-estar para esses cidadãos e
familiares — defendeu.
Ao agradecer
o empenho da equipe do Ministério da Saúde e a atenção do governo Jair
Bolsonaro com a saúde pública, Mandetta destacou que a modalidade de
compartilhamento de risco na aquisição de medicamentos representa um avanço e
aproxima o Brasil de países que já utilizam essa modelagem, como Itália e
Canadá. De acordo com o ministro, o monitoramento dos pacientes será feito em
parceria com centros de referência em tratamento de doenças raras.
— Este é o
primeiro medicamento incluído no SUS por compartilhamento de risco. A Itália
foi a pioneira. A Europa já faz muito. O Canadá já incorporou dessa maneira.
A Inglaterra também. Estamos indo em direção ao que há de melhor em
gestão pública de inclusão de medicamentos e insumos — afirmou.
O secretário
de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Denizar Vianna de Araújo,
afirmou que os pacientes acometidos pelos tipos 1, 2 e 3 da doença terão acesso
ao tratamento. Os critérios para acompanhamento da evolução do tratamento
incluem o aumento da expectativa de vida, a redução do uso de aparelhos de
ventilação e a melhoria na função motora e na qualidade de vida.
— A ideia do
novo modelo é nos proporcionar a oportunidade de monitorar os resultados
clínicos e garantir que os pacientes tenham acesso a toda linha de cuidados.
Essa inovação gerencial vai nos garantir mais acesso da população a esses
tratamentos, mas de maneira sustentável para o Sistema Único de Saúde. […]
Queremos garantir que os pacientes certos tenham tratamento certo na hora certa
— disse.
AME
A amiotrofia
muscular espinhal é uma doença genética neuromuscular rara, que afeta
aproximadamente 1 em cada 10 mil indivíduos. A enfermidade provoca fraqueza
muscular progressiva e interfere na capacidade dos pacientes de caminhar, comer
e respirar. Existem vários tipos de AME, dependendo do grau de comprometimento
dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas, variando do tipo 0
(antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira décadas de vida). A doença é
degenerativa e não tem cura.